“... talvez nenhum sacerdote franciscano tinha amado profundamente como ele a Ordem Terceira e nesse campo era um Mestre insuperável..”[1]
Tantas vezes o exemplo de pessoas que viveram bem a sua vida e vocação nos faz muito bem no sentido que nos ajudam a continuar firmes e confiantes na certeza de que é bela a nossa escolha e não é vão o nosso esforço em nos manter-nos fiéis.
Nascido no dia 31 Agosto de 1897 e batizado a setembro com o nome de Estefano Quadrelli, no pequeno vilarejo de Capezzano no municipio de Pietrasanta filho de Rafael e Cesira Pasquini sendo o tredicesimo filho. A sua familia era muito religiosa e os seus pais devotissimos. Ele teve uma otima educação religiosa foi preparado para o crisma que aconteceu no dia 8 de maio de 1901 e para a primeira comunhão em junho de 1909. Os anos de 1904 a 1906 vai escola e é descrito como um garoto muito sapeca e vivaz. Ajuda os seus pais nas tarefas domesticas principalmente como pastor do rebanho de ovelhas como os outros garotos.
Sentiu a vocação religiosa que era já um desejo de seu falecido pai no dia 18 de outubro de 1909 com apenas doze anos parte para o Colegio Serafico dos Capuchinhos de Arezzo, Provincia Toscana.
Iniciou o seu noviciado no dia 24 de julho de 1913 no eremo de Celle de Cortonae terminado o noviciado emitiu a primeira profissão no dia 25 de julho de 1914, fez um parentesis por causa do serviço militar durnate a primeira guerra mundial.
A profissão solene de 13 de setembro de 1921 a Siena e terminando os seus estudos teológicos foi ordenado em Firenze no dia 17 de março de 1923. Depois do curso de santa Eloquencia inicia o seu apostolado missionário entre as pessoas da zona rural como pregador e recebe como encargo o acompanhamento da Ordem Franciscana Secular, qual será chamado de namorado.
Frei Luiz era muito apaixonado pelos ideais de São Francisco e pela Ordem Terceira. Ele era um excelente pregador e eloquente sempre encontrava um meio para falar de São Francisco. Pode-se dizer que amou tanto a Ordem Terceira a ponto de dizer que se São Francisco não tivesse tido essa inspiração ele teria. No seu trabalho pastoral seja de missionário junto as pessoas na zona rural ele foi encarregado como Assitente Espiritual da Provincia Toscana para a Ordem Terceira a qual dedicou todo o seu impenho.
Seja promovendo cursos, formação e acompanhamento espiritual. Uma vez alguém disse a Frei Luis que os seus olhos brilhavam e ele falava da Ordem Terceira com o mesmo amor com que um namorado fala da namorada, para ele na face da terra não existe outra mulher, mais bonita, mais simpática e mais inteligente. Mas é próprio assim que Frei Luis se dedica a Ordem com o mesmo amor que um namorado a namorada.[2]
Realmente vendo a vida e a dedicação de Frei Luis de Pietrasanta o modo como concebia a sua vocação cristã, consagrada-religiosa - franciscana e sacerdotal. O modo como foi um entusiasta missionário para o povo da zonal rural. O seu enamoramento com a Ordem Terceira subindo e descendo toda a Itália para organizar a Ordem e o amor com que tinha para com os terciários e terciárias cuidando para a sua formação cristã e franciscana e o progresso espiritual. Para isso os cursos e as chamadas bibliotecas franciscanas.
O seu zelo e dedicação pela OFS o levará a ser o fundador da Companhia de Santa Isabel da Hungria, um instituto secular que nasce no seio da Ordem Terceira e para a Ordem Terceira, inspirado na pessoa de Santa Isabel da Hungria e para comemorar o seu sétimo centenário[3], no qual as sorelas deveriam assumir um estilo de vida no mundo, nem freiras e nem monjas, mas sorelas, através do bom exemplo e das obras de caridade e de apostolado principalmente na linha franciscana. Um obra espiritual fecunda que se estendeu até o Brasil sendo chamada por Frei Luis de a pupila dos seus olhos.[4]
Olhando para a realização da vocação desse capuchinho toscano e o seu testemunho reforça em nós o desejo de seguir a cada dia o ideal franciscano com maior entusiasmo e de entregar-se cada cotidianamente com entusiasmo no fervoroso apostolado e no testemunho. Recordar o testemunho de Frei Luis Quadrelli da Pietrasanta o seu impenho e o seu amor pela vocação franciscana pode alimentar a nossa vocação e o desejo de lançar-se destemidamente com maior força ao encontro do nosso ideal de vida.
Frei Emerson Aparecido Rodrigues, Ofmcap.
Bibliografia.
Baldi C., Padre Luigi da Pietrasanta, Firenze, 1974.
Borrello L., Teologia e spiritualità degli istituti secolari, Milano, 2008.
Cavvaterri T., Piccola Compagnia di S. Elisabetta. Profilo Storico, Firenze, 1983.
Fregona A., L’Ordine Francescano Secolare. Storia, legislazione, spiritualità, Padova, 2007.
Costituzioni dell’istituto Secolare Piccola Compagnia di S. Elisabetta, 1984.