terça-feira, 1 de setembro de 2009

A pedofilia é uma chaga pior que um cancer na sociedade.


Em primeiro lugar não tenho um título academico de formação psicológica ou psicoanalitica para poder falar do assunto do ponto de vista cientifico e devo reconhecer as minhas competencias. Porém diante dos absurdos a que se ve, se escuta falar ou se recebe através dos meios de comunicação é muito dificil permanecer calado, mesmo se quisesse não conseguiria.
Realmente faz sentir vergonha diante dos meios de comunicação o fato de existirem padres pedofilos, isso é verdade e admitimos, eles existem . Vimos vários casos em que os agressores, os abusadores eram sacerdotes ou religiosos, pessoas que deviam cuidar da vida e da sua dignidade. Isso nos intristece profundamente.
O que causa maior dor ainda é o que se sente por parte de alguns que se expressam como se todos os padres e religiosos fossem pedofilos, infelizmente na cabeça de muitas pessoas a questão se desenha dessa maneira. Pelo fato de ter visto na televisão alguns casos veiculam como se tivessem a verdade absoluta e como se fizesse parte da vocação religiosa ser pedófilo. Sinceramente é uma coisa muito feia e a seriedade da situação faz chorar.
Digo que bom seria se essas pessoas tivessem razão se todos os padres fossem pedófilos, seria muito fácil era somente isolar essa categoria da sociedade e se resolveria esse problema tão feio no aspecto humano e moral. A solução para o problema seria simples, externinariamos todos os padres e esse problema simplesmente acabaria.
Porém o problema não é tão simples assim e a solução para o problema mais dificil ainda. Infelizmente isso nunca assisti nenhum programa de televisão que mostrasse os casos de pais de familia, tios, vizinhos pedófilos. Raramente isso é denunciado ou se fala dessa realidade. O pedófilo geralmente é alguém de confiança da criança abusada e que trai essa confiança. Na maioria das vezes a vítima de abuso nem se dá conta que está sendo abusada ou não pode denunciar por que é alguém da sua familia. Na minhas experiencia nas periferias do Brasil quanto casos desses chegou ao meu conhecimento. Quantas situações horrivéis de sofrimento devido aos abusos onde a inocencia e a vida dessas crianças são destruidas por causa desses abusos. Mas não paramos aqui porque pode dar a impressão que casos de pedofilia acontecem somente na casa dos pobres o que não é verdade nos altos niveis da sociedade ela também acontece. Os abusos acontecem e são abafados pelo silencio aterrozidor.
Sem contar que muitos pedófilos fazem turismo sexual saem dos paises de primeiro mundo para abusar das crianças nos paises subdesenvolvidos. O que acontece muitas vezes no Brasil, onde turistas vem abusar de nossas crianças nas praias brasileiras.
Em muitos paises da Asia como a Tailandia, o Camboja onde crianças de 8, 9 anos são obrigadas a entrar na prostituição. As crianças pobres são abusadas sexualmente. Se tornam objeto usado e descartado e suas vidas são destruidas.
São situações que causam um misto de tristeza e revolta. Do ponto de vista moral é uma imoralidade, é injustiça, é pecado. São vidas ameaçadas exploradas, abusadas e destruidas. Do ponto de vista teólogico é o ser humano imagem de Deus que está sendo destruido pela injustiça pecaminosas dos impios.
Não podemos ficar calados diante dessa violencias contra as nossas crianças. Se ficamos calados ou não fazemos nada estamos sendo também nos colaboradores dessa injustiça.

terça-feira, 10 de março de 2009

Quaresma é tempo de deserto.


Tantas vezes nos ouvimos esta frase: A quaresma é tempo de deserto. Mas não pensamos no seu significado mais profundo. O deserto é uma necessidade para cada um de nós que quer viver profundamente a vida cristã. Para quem quer realmente se abandonar numa vida de oração o deserto é uma passagem obrigatória.

No deserto somos tentados pelo maligno diziam os santos padres que quem está mais próximo de Deus também está mais próximo do tentador. Pois, ele os tenta para tirar da comunhão com Deus. O jeito de rezar proposto por Jesus quando nos manda nos trancar no nosso quarto e a portas fechadas falar com o Pai também é um modo de viver o deserto. Partindo do ponto que a nossa oração comunitária é necessária e algo próprio da nossa vida cristã a vivencia comunitária, essa deve ter como ponto de partida uma experiencia profunda com Deus vivida no deserto, onde falamos a Deus e deixamos que Ele fale em nossos corações.

A nossa liturgia nos propõe esse tempo forte para a conversão, a quaresma, e nos propõe os instrumentos básicos, para nos ajudar nesse itinerário: o jejum, a esmola e a oração.

Queremos aprofundar esse terceiro que penso que seja uma necessidade do nosso tempo. Muitas pessoas esquecem da sua dimensão transcendente da vida de oração. Vivem e morrem do mesmo modo que os seus animais. Estão muito mais preocupados com coisas simplesmente materiais.

Em lugares como na Europa está corrompido pelo ateismo, o secularismo, relativismo. São pessoas ou grupos que negam valores essenciais, como a transcendencia, a existencia de Deus, e outros valores fundamentais para nós cristãos. Mas muitas vezes nós que nos dizemos cristãos passamos a nossa vida vivendo como se não fossemos. Rezamos muito pouco, quando rezamos. Ficamos perdidos de maneira a nos afastarmos de valores básicos para viver o mistério de Cristo em profundidade.

O deserto é uma necessidade para cada um de nós . O deserto é lugar da desolação, da solidão e da prova. Mas é ali que reconhecemos o nosso nada e que Deus é tudo. Que tomamos consciencia que somos pó. O povo de Deus foi para o deserto, ali foi provado, testado, e teve a certeza de ser amado e escolhido como povo de Deus.

Jesus também passou por essa experiencia, era ali onde Ele estava ligado ao Pai numa profunda vida de oração, mas também estava exposto as investidas do tentador.E cultiva uma vida de união com o Pai que o fortalece para estar a encontro dos irmãos para a sua vida de ministério. Os Santos Padres no inicio da Igreja também vão para o deserto. Onde na solidão e longe das distrações da cidade buscam estar em comunhão com Deus através de uma profunda vida de oração.

Nesse tempo de quaresma nós somos chamados a entrar no deserto a aprofundar a nossa vida de oração. Podemos viver o deserto onde nós estamos. Não precisamos sair da cidade largar a nossa familia, mas podemos fazer uma opção radical por aprofundar nossa vida de oração e intimidade com Deus.

Podemos experimentar quanto é rica a vivencia do silêncio e nos ajuda a ser pessoas que enxergam na vida a sua dimensão profunda, pessoas que são capazes de ouvir a voz de Deus mesmo no meio das confusões do dia-a-dia. Sentimos onde Deus fala e onde silencia. Com certeza se optamos por fazer essa experiência seremos investidos pelo tentador que nos quer desviar do caminho.