terça-feira, 5 de abril de 2011

"A pupila dos meus olhos": a Pequena Companhia de Santa Isabel da Hungria.


É assim que o fundador Frei Luís Quadrelli da Pietrasanta chama a inspiração que Deus o deu de fundar uma pia associação no seio da Ordem Franciscana Secular.
Em primeiro lugar é interessante saber que a vida consagrada sempre existiu na Igreja desde os seus primórdios em várias modalidades, assim podemos perceber como nasceram no seio da Igreja, as virgens consagradas, os eremitas, o movimentos monástico, todas as ordens e congregações. Um fenomeno caracteristico do final de 1800 e início de 1900 são os institutos seculares.
Nasceram com numerosos carismas e nas mais variadas formas e inspirações a maioria daqueles de espiritualidade franciscana e principalmente aqueles fundados pelos frades capuchinhos tem sua origem com grupos de terciários, como é o caso da Pequena Companhia de Santa Isabel.
Frei Luís da Pietransanta (1897-1974) um capuchinho da provincia Toscana, na Itália que no seu ministério pastoral,logo depois de ordenar-se presbitero, assumiu com paixão o apostolado entre as pessoas na zona rural com a pregação popular que fez durante toda a sua vida e também o trabalho que hoje chamamos assistente espiritual da Ordem Terceira Franciscana, que exerceu com paixão e empenho.
Como um apaixonada por São Francisco, pela espiritualidade franciscana e os santos franciscanos, entre eles Santa Isabel da Hungria. O Frei procurava difundir a espiritualidade franciscana ao maior número de pessoas possível porque via na espiritualidade franciscana um meio válido que ajudasse as pessoas a viverem bem uma vida cristã.
O fruto desse seu entusiasmo é tudo o que criou para promover a espiritualidade os exercicios espirituais, cujos passos ensinava a espiritualidade franciscana, as Bibliotecas Franciscanas que eram pequenos volumes sobre a vida dos santos e a espiritualidade franciscana, os jornais para falar da Ordem Terceira e da espiritualidade. Depois nos cargos que recebeu dos superiores como diretor local, provincial, como secretário e visitador para as fraternidades da Ordem Terceira dependentes dos Capuchinhos, ele percorreu toda a Itália, acima e abaixo para divulgar e promover a Ordem Terceira.
Quase como que preparado por Deus fruto do seu comprometimento com a pregação e a Ordem Terceira surge ainda uma outra obra. O Frei empolgado com a vida franciscana fez dois grandes monumentos para homenagear São Francisco e Santo Antonio. Quando se perguntava o que fazer para homenagear Santa Isabel teve a inspiração de fundar uma obra de almas consagradas que fossem no mundo a continuação da vida da santa. Chamou algumas terciárias e no ano de 1935 teve inicio a Companhia de Santa Isabel, no escondimento e no silêncio, se consgravam as primeiras quatro irmãs. Acredito que o fundador não pensava em criar algo distinto da Ordem Terceira, mas um grupo que funcionasse como um fermento ajudando e animando a Ordem Terceira a viver bem a sua vocação. O lema do fundador era na Ordem Terceira e para a Ordem Terceira, e as irmãs deveriam ser leigas franciscanas que no mundo vivessem a exemplo de São Francisco e de Santa Isabel, se dedicando a uma vida de oração e caridade, não se distinguindo em nada das outras leigas, mas como pessoas consagradas.
Depois da reformulação das Constituições Gerais da OFS que proibem pessoas pertencentes a um instituto de vida consagrada de pertencer contemporaneamente a OFS, o Instituto repensou o seu carisma, que era muito ligado ao lema do fundador. Mas, se entende que o carisma é viver a exemplo de Santa Isabel, nessas condições onde é possivel ajudar a OFS. Hoje o Instituto atualizou o nome e se chama Pequena Família Franciscana de Santa Isabel é presente na Itália e também no Brasil, onde tem diversas irmãs consagradas e também fiéis associados que se ligam ao instituto e procura viver segundo a espiritualidade.

Frei Emerson Aparecido Rodrigues, OFMcap, bacharel em Teologia pela Pontificia Universidade Antonianum, Roma. Estudante de Mestrado em Teologia Espiritual com especialização em Franciscanismo.

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