Somos seres humanos que vivemos na pós-modernidade. Não me interessa aqui discutir esse termo e suas implicações, definições, prós e contras, e todo o debate atual no campo da filosofia e da comunicação social sobre esse termo. Aqui simplesmente faço uso para distinguir que estamos numa época, passado o iluminismo, e toda a revolução que chamamos de modernidade. E nesse período que entre tantos nomes chamamos pós-modernidade também o pensamento muda, se dá conta de várias ideologias, utopias, e dos limites da razão. Se percebe um certo misticismo, uma tendência esotérica. No ocidente sentimos uma invasão de tendências pseudo-orientais. Entre a juventude é cada vez mais frequente o uso de incensos, de músicas orientais, e vontade de conhecer doutrinas orientais como o budismo,etc.
O que procuramos acentuar é que o homem contemporâneo tem outros problemas, preocupações, não significa que muitas das antigas sejam superadas, mas a configuração do espaço, o modo de se relacionar com as coias e consigo mesmo mudou. Isso é vísivel: globalização, internet, o ciberspaço, o nível da relação, a sexualidade. Chegamos no momento da perda de paradigmas. Junto com todas essas preocupações entra o destino do planeta, o futuro do ser humano. Como portar a esperança ao ser humano do nosso tempo? Como religar esse ser humano despedaçado ao divino?
Podemos dizer que surgiram essas e muitas outras perguntas complexas. Sobre as quais as respostas estamos longe de tê-las.
Com todas essas mudanças o modo de se relacionar com o Divino também mudou. A vida consagrada mudou atualizando a sua presença no mundo. A Igreja teve que abrir as janelas para o mundo tão atual é o Concílio Vaticano II.
A espiritualidade também coloca a suas perguntas. Como ajudar o ser humano a trabalhar a sua dimensão espiritual? Quando uso esse termo não estou me referindo a uma escola de espiritualidade, e nem mesmo no sentido confessional, mas a relação do ser humano com o sagrado. Por exemplo, é muito atual a obra de Wassily Kandinsky, chamada “O Espiritual na arte”, onde o artista faz uma proposta justamente da arte como um sacerdócio onde o artista partindo da sua necessidade interior deve comunicar os valores. Kandisky podemos dizer que estava influenciado pelo Espiríto hegeliano, quando chama atenção para uma nova era, onde essa arte nova, trouxesse essa “boa nova”, na verdade, esse tempo não chegou, mas suas idéias são válidas no sentido que considera a arte como uma expressão do sagrado e o compromisso do artista com a beleza a partir da necessidade interior.
Uma resposta cristã entre tantas outras: a Carta do Papa João Paulo II aos artistas, è tão atual, onde o santo Padre convida os artistas e os anima nesse mesmo sentido de mostrar ao mundo a beleza a usar a sua arte a serviço de Deus. Podemos colocar a pergunta porque um Papa se dirigi aos artistas dessa maneira a ponto de escrever uma carta de denso conteúdo teológico, onde condivide com os artistas essa necessidade. Aqui não discuto os valores clássicos, segnalados no texto: o bom, o belo e o verdadeiro.
Colocado esses pressupostos passamos a discussão sobre a espiritualidade e ascética. Na espiritualidade sempre esteve presente uma tendência a espiritualizar-se, ou podemos chamá-lo de um “espiritualismo”. Onde na maioria das vezes o lugar do corpo era de ser castigado, domado ou seja, apenas ignorado. Por mais que falemos de uma unidade do ser humano, não somos coerentes porque dividimos as atividades espirituais e as corporais, sempre estamos nessa cisão dicotômica. Muitas vezes fazemos menção ao corpo, mas tudo que se refere ao corpo consideramos perigoso. No terreno do corporal estão as tentações. Hoje na vida religiosa não usamos mais a famosa disciplina e outras práticas ascéticas porém a nossa mente está condicionada a dividir as coisas nesses dois campos.
Porém o corpo ainda continua a ser reprimido a ter que assumir padrões de comportamento que o limitam, que podam o seu natural, a sua expressão graciosamente original. Acabamos condicionando o nosso corpo a corresponder padrões de comportamentos esteriotipados muitas vezes nos fazem pagar esse preço da repressão dos sentimentos e da nossa espontaneidade. O corpo perde a sua espiritualidade. Os seus movimentos profundos, dotados da graça natural.
Uma das respostas a essa pergunta vêm não do campo da espiritualidade, mas da psicoterapia. O terapeuta Alexander Lowen, que se interessou pela espiritualidade do corpo. Lembrando que o conceito de espiritualidade aqui não é no sentido confessional, mas se define por espiritualidade a dimensão transcendente do ser humano esse ligação com o Deus e com a criação , todo o universo. Abordagem da análise bioenergética leva em consideração coisas simples do nosso cotidiano, é um dos pontos principais é a respiração.
O professor Lowen em seu trabalho começou a observar que somente tratar as pessoas a nível mental, ajudadava mas não contribuia muito para a resolução do problema. Após seus estudos conhecendo as teorias de Wilhelm Reich, ele chega a conclusão que os traumas, as armaduras, e os bloqueios estão no corpo, e não adiantaria nada simplesmente uma terapia a nível mental sem tocar o foco do problema, o corpo. O nosso corpo funciona como uma página onde toda a nossa história está escrita, e tudo mesmo aquilo que não aceitamos está registrado, nada passa desapercebido, não nós damos conta mas está alí presente. Mas nós podemos tomar consciência de nós, de nosso, corpo e trabalhar os nossos traumas.
Podemos escolher como viver de maneira plena a nossa vida. Na sua obra “Il piacere – un approccio creativo alla vita” título esse, que entendo livremente como : O prazer um modo criativo de viver a vida “il piacere è un modo di essere” . Acho importante pontuar o que se entende com a palavra prazer, me dou conta dos significados perigosos da mesma e das diversidades de interpratação. Porém o uso da palavra prazer, para indicar uma maneira gostosa de viver a vida e a as coisas simples, não é um hedonismo exacerbado como pode dar a impressão, mas simplesmente encontrar o gosto da vida nas tarefas simples. O prazer como vem proposto do autor está ligado a criatividade .Nos propõe de descobrir o prazer nas coisas, como por exemplo limpar a casa, ou cuidar do jardim. É sem dúvida uma opção que podemos fazer, decobrir o gosto das coisas...
Podemos dizer que surgiram essas e muitas outras perguntas complexas. Sobre as quais as respostas estamos longe de tê-las.
Com todas essas mudanças o modo de se relacionar com o Divino também mudou. A vida consagrada mudou atualizando a sua presença no mundo. A Igreja teve que abrir as janelas para o mundo tão atual é o Concílio Vaticano II.
A espiritualidade também coloca a suas perguntas. Como ajudar o ser humano a trabalhar a sua dimensão espiritual? Quando uso esse termo não estou me referindo a uma escola de espiritualidade, e nem mesmo no sentido confessional, mas a relação do ser humano com o sagrado. Por exemplo, é muito atual a obra de Wassily Kandinsky, chamada “O Espiritual na arte”, onde o artista faz uma proposta justamente da arte como um sacerdócio onde o artista partindo da sua necessidade interior deve comunicar os valores. Kandisky podemos dizer que estava influenciado pelo Espiríto hegeliano, quando chama atenção para uma nova era, onde essa arte nova, trouxesse essa “boa nova”, na verdade, esse tempo não chegou, mas suas idéias são válidas no sentido que considera a arte como uma expressão do sagrado e o compromisso do artista com a beleza a partir da necessidade interior.
Uma resposta cristã entre tantas outras: a Carta do Papa João Paulo II aos artistas, è tão atual, onde o santo Padre convida os artistas e os anima nesse mesmo sentido de mostrar ao mundo a beleza a usar a sua arte a serviço de Deus. Podemos colocar a pergunta porque um Papa se dirigi aos artistas dessa maneira a ponto de escrever uma carta de denso conteúdo teológico, onde condivide com os artistas essa necessidade. Aqui não discuto os valores clássicos, segnalados no texto: o bom, o belo e o verdadeiro.
Colocado esses pressupostos passamos a discussão sobre a espiritualidade e ascética. Na espiritualidade sempre esteve presente uma tendência a espiritualizar-se, ou podemos chamá-lo de um “espiritualismo”. Onde na maioria das vezes o lugar do corpo era de ser castigado, domado ou seja, apenas ignorado. Por mais que falemos de uma unidade do ser humano, não somos coerentes porque dividimos as atividades espirituais e as corporais, sempre estamos nessa cisão dicotômica. Muitas vezes fazemos menção ao corpo, mas tudo que se refere ao corpo consideramos perigoso. No terreno do corporal estão as tentações. Hoje na vida religiosa não usamos mais a famosa disciplina e outras práticas ascéticas porém a nossa mente está condicionada a dividir as coisas nesses dois campos.
Porém o corpo ainda continua a ser reprimido a ter que assumir padrões de comportamento que o limitam, que podam o seu natural, a sua expressão graciosamente original. Acabamos condicionando o nosso corpo a corresponder padrões de comportamentos esteriotipados muitas vezes nos fazem pagar esse preço da repressão dos sentimentos e da nossa espontaneidade. O corpo perde a sua espiritualidade. Os seus movimentos profundos, dotados da graça natural.
Uma das respostas a essa pergunta vêm não do campo da espiritualidade, mas da psicoterapia. O terapeuta Alexander Lowen, que se interessou pela espiritualidade do corpo. Lembrando que o conceito de espiritualidade aqui não é no sentido confessional, mas se define por espiritualidade a dimensão transcendente do ser humano esse ligação com o Deus e com a criação , todo o universo. Abordagem da análise bioenergética leva em consideração coisas simples do nosso cotidiano, é um dos pontos principais é a respiração.
O professor Lowen em seu trabalho começou a observar que somente tratar as pessoas a nível mental, ajudadava mas não contribuia muito para a resolução do problema. Após seus estudos conhecendo as teorias de Wilhelm Reich, ele chega a conclusão que os traumas, as armaduras, e os bloqueios estão no corpo, e não adiantaria nada simplesmente uma terapia a nível mental sem tocar o foco do problema, o corpo. O nosso corpo funciona como uma página onde toda a nossa história está escrita, e tudo mesmo aquilo que não aceitamos está registrado, nada passa desapercebido, não nós damos conta mas está alí presente. Mas nós podemos tomar consciência de nós, de nosso, corpo e trabalhar os nossos traumas.
Podemos escolher como viver de maneira plena a nossa vida. Na sua obra “Il piacere – un approccio creativo alla vita” título esse, que entendo livremente como : O prazer um modo criativo de viver a vida “il piacere è un modo di essere” . Acho importante pontuar o que se entende com a palavra prazer, me dou conta dos significados perigosos da mesma e das diversidades de interpratação. Porém o uso da palavra prazer, para indicar uma maneira gostosa de viver a vida e a as coisas simples, não é um hedonismo exacerbado como pode dar a impressão, mas simplesmente encontrar o gosto da vida nas tarefas simples. O prazer como vem proposto do autor está ligado a criatividade .Nos propõe de descobrir o prazer nas coisas, como por exemplo limpar a casa, ou cuidar do jardim. É sem dúvida uma opção que podemos fazer, decobrir o gosto das coisas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário