segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Porque celebrar o domingo?

Há algum tempo o Papa João Paulo II escreveu uma Carta Apostólica sobre o domingo, chamada, Dies Domini ( O dia do Senhor), dirigindo este documento a todos. Com certeza esse documento deve ter um impacto em nossa vida, já que vivemos em tempos de quebras de tradições e inserção de novos costumes. É um tempo de mudança de época e época de mudança. Nesse tempo tão confuso e cheio de discurso nos colocamos perdidos sem saber que rumo tomar , é preciso parar e discernir, reciclar algumas coisas e aprofundar outras.

Sabemos da luta travada por todos nos para providenciar o necessário a nossa sobrevivência. Temos que trabalhar muitas vezes até o domingo. Levando em consideração que a situação econômica do pais não é das melhores, e muitos estão desempregados, nos submetemos até para manter nosso trabalho.

No Antigo Testamento, no livro do Gênesis, diz que no sétimo dia, Deus descansou. Nesse texto está presente uma mensagem de libertação. O povo estava escravo no exílio e era obrigado a trabalhar de sol a sol, este grupo escreve esse relato da Criação, onde Deus descansa. De fato, Deus não precisa descansar , mas todos nós seres humanos precisamos. Então, os judeus começaram a celebrar o “shabbat”, o dia de sábado e o celebram até hoje.

Com o tempo “ a lei do sábado”, que nasceu para libertar o povo, esse dia era usado para estar juntos, celebrar a memória , rezar e descansar, passou a ser usado por lideres religiosos para oprimir homens e mulheres. Jesus lutou contra esse uso indevido do sábado, segundo Ele a lei era para ajudar a manutenção da vida e não para limitá-la. A lei como barreira não aproxima o homem de Deus, mas afasta. Afina, o sábado é para o homem e não o contrário.

Jesus sempre defendeu a dignidade da pessoa e enfrentou essa perversa ideologia do sábado tanto que ele Ressuscitou no domingo dia que se tornou sagrado para todos nos cristãos, o dia do Senhor. Dia consagrado a celebração da páscoa semanal, para a oração, encontro fraterno, para estar a serviço dos carentes, dos doentes, para se dedicar a Deus.

Por isso, devemos dedicar nosso domingo a fazer memória do Cristo, usando esse dia para participar da Eucaristia. Devemos nos tornar cada vez mais eucarísticos tanto na freqüência ao celebração da Eucaristia, com sê-lo em nossas casas. Quanto é eucarístico reunir a família a mesa para partilhar, o alimento, mas também os acontecimentos bons da semana, a convivência. A freqüência a Eucaristia deve nos transformar em missionários. Pois ao receber a benção, no final da celebração nos somos enviados para viver a Eucaristia no mundo sendo testemunho do Cristo, anunciadores da boa nova. Somos convocados a visitar os doentes, levar uma palavra amiga(uma boa noticia), aos asilos, orfanatos, hospitais, prisões. A benção não é o fim da celebração da vida,mas o inicio de tudo, a missão começa.

É séria a nossa convocação para celebrar o dia do Senhor, consagrar o dia a Ele, na oração , no estudo e meditação da palavra, no trabalho missionário, de presença e testemunho de Cristo, em casa e no mundo social. Tudo isso faz parte da santificação do domingo.

Será que estamos santificando o domingo? E a nossa missão como vai? Nos somente cumprimos o preceito dominical, talvez nem isso? Quantas horas gastamos diante da “deusa” televisão, essa poderosa divindade tecnológica que nos encanta? Estamos nos alimentando com suas imagens será que selecionamos ou engolimos tudo?

Não que seja pecado assistir futebol ou se dedicar ao lazer, mas também precisamos nos envolver para bem celebrar o dia do Senhor. Essa é nossa tarefa como cristãos, cada cristãos, e todos os cristãos!

Que Deus nos ajude a viver os domingos intensamente santificando nossos dias, com a família, também com o lazer. Que os outros vejam a nossa alegai em celebrar o domingo e se alegrem conosco e louvem a Deus.

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